DEVASTAÇÃO EM NOVEMBRO DE 2010

DEVASTAÇÃO EM NOVEMBRO DE 2010
Vegetação destruida na Estrada do Paiol em Ferraz de Vasconcelos

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PARQUE INÊS CORREIA DO CARMO


As 6 glebas da COHAB, sendo 1 no território de São Paulo, e 5 no de Ferraz de Vasconcelos, podem resultar num parque de 5,14 Kilômetros quadrados. 


A área onde hoje se localiza a Cidade Tiradentes e parte do território de Ferraz de Vasconcelos em sua extremidade que limita com o município de Mauá, têm origem no espólio de Henrique Correia do Carmo e Mapalma Correia do Carmo, ex-escravos, que no final do século XIX, após a libertação, recebeu estas terras como doação da Igreja Católica. Fazia parte do Sítio ou Fazenda Paiol.
Por volta de 1.925 foi feita a partilha a favor dos irmãos Jorge Correia do Carmo, Américo Correia do Carmo, Diolinda Correia do Carmo e Inês Correia do Carmo,  sendo que nos anos 1970 a COHAB – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo adquiriu parte destas terras onde construiu os conjuntos habitacionais que formam a Cidade Tiradentes.
Sobrou uma pequena parte, contendo vegetação nativa, daquilo que a COHAB – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo adquiriu que são: a Gleba Santa Etelvina VIB no território de São Paulo, as glebas Santa Etelvina IVB, VB, Muranaka, Japequino e Rosamilia dentro do território de Ferraz de Vasconcelos que perfazem 5,14 kilômetros quadrados e abrigam Mata Atlântica e inúmeras nascentes. A Gleba Japequino, por exemplo, foi vendida a COHAB por João Japequino que a adquiriu de Paulino Mariano, neto de Inês Correia do Carmo pelo lado paterno.
Estas glebas, se transformada no Parque Estadual Inês Correia do Carmo, será de grande importância ambiental para todo Leste Metropolitano e ajudará recompor a memória da região, podendo inclusive abrigar um museu que recupere a história deste local.

 Proposta para Criação de Parque enviada pela ONG UTAGUA de Suzano para:

De: amattoso [mailto:amattoso@uol.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 7 de junho de 2010 17:28
Para: Inês
Assunto: Re: Criação de Parque Imagem do Google Earth

A área realmente é pequena para um Parque Estadual, mas vamos ver o que conseguimos!!!
Adriana Mattoso
Coordenadora Técnica
Projeto Recuperação SOcioambiental Serra do Mar e Mosaicos da Mata Atlântica
Fundação Florestal- SMA SP
Fones 11 29975058 cel 83259773

Descrição da área:
Área de Mata Atlântica de 5,14 quilômetros quadrados.
Cortada pelo Duto da Petrobrás, situada a maior parte no município de Ferraz
de Vasconcelos e abrange áreas do bairro Cidade Tiradentes da cidade de São
Paulo, cidade de Mauá e cidade de Suzano. A área consta como sendo da COHAB
Glebas Santa Etelvina IV B e V B, Muranaka, Japequino e Rosamilia. (Temos
Xerox dos documentos do cartório de registro de imóveis).É cortada pelo Rio
 Corte de terra por ivasores dentro da Gleba Santa Etelvina IV B
Guaió, afluente do Rio Tietê e constam registradas mais de 300 nascentes deágua.

Situação:
Como está ao lado da Cidade Tiradentes, vem sofrendo invasão e devastação,
com pessoas ocupando as áreas para construção de moradias precárias e
negociando terras irregularmente. Por conta da inação das autoridades, deve
ter hoje cerca de duzentas famílias, inclusive em área com risco de
desabamento.


O que já foi está sendo feito:
Trabalho de conscientização através de projeto da E.E. Carlindo Reis
Cambiri é Nossa Mata Atlântica, no município de Ferraz de Vasconcelos.
Isso fez com que a população tivesse ciência da importância dessa área.
Desde então a área tem sido enfoque de notícias em jornais da Região e na TV
Diário, afiliada da TV Globo.
Outro trabalho de conscientização também foi feito pela E.M. Oswaldo
Aranha, na Cidade Tiradentes, capital.
A preocupação com esta área desencadeou o movimento Pró-Mata
Cambiri e Sete Cruzes, envolvendo escolas e moradores das cidades de Suzano,
Ferraz de Vasconcelos e São Paulo-Capital.
Com a coordenação do SOS Mata Atlântica estamos fazendo o
monitoramento do principal rio da área, Rio Guaió, que é afluente do Rio
Tietê. A cada dia nota-se o agravamento da situação do rio.
Na tentativa de coibir e denunciar as agressões feitas à mata, uma
vez que as autoridades não deram atenção solicitada, foi feita uma denuncia
no Ministério Publico de Ferraz de Vasconcelos em 2007 que resultou o IC
47/07, no qual foi solicitado a realização de um LAUDO TÉCNICO para ser
possível saber exatamente o grau de devastação e o custo da recuperação da
área, o que é previsto da legislação ambiental, e se a responsabilidade da
área é do município de São Paulo ou do município de Ferraz de Vasconcelos.
Segundo o promotor, a justiça tem poder para obrigar a COHAB que é a
proprietária do terreno a recuperá-lo, já que a área é APP (Area de Proteção
Permanente).
Estamos distribuindo cartazes na região, reportagens na rádio e
jornal locais, propondo a transformação da área em Parque Estadual.

Propostas:
Criar um parque na área pertencente à COHAB.
Retirar as 200 famílias - Sugestão: O custo poderá ser coberto pelo
DERSA como compensação ambiental, já que o anel viário está previsto para
passar a menos de 2km da área.

Ong Utágua
Movimento Pró-Mata Cambiri Sete Cruzes



A devastação/ocupação em terras da COHAB parece ser autorizada.

Aqui já foi uma cachoeira, e é nascente de importante afluente do Guaió.


2 comentários:

  1. A Gerturdes Dantas, a Gê, presidente da Associação de Moradores do Conjunto Dom Angélico, aqui da Cidade Tiradentes, participou da inauguração do Parque das Ciências em Cidade Tiradentes, hoje, 22 de janeiro. Na ocasião, o Secretário de Meio Ambiente Eduardo Jorge, explicitou sua simpatia e apoio à luta pela criação do Parque Inês Correia do Carmo (Sete Cruzes). Gê também informa que a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, conforme prometido, retirou algumas familias do terreno à esquerda da Estrada do Paiol (foto de abertura deste blog).O local é aquele que os ocupantes queimaram à Mata para fazer barracos.
    Esperamos que Gê continui enviando boas noticias.

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  2. Me criei na tiradentes e passei boas horas nesta mata,hojê quando vejo pelo googlemaps a situação que esta floresta esta fiquei desconsolado,barracos,represamento da agua da biquinha para tanques de criação de peixes sem autorização alguma.
    Meu tinha ate onça nesta mata e hojê o que tem e barraco e gente atrasada,fiquei em choque de ver o grau de devastação que ja acabou com boa parte da mata, aquela cachoeira que tinha na entrada da mata no final do metalurgicos minha irmã disse que virou fossa.
    Esta mata era incrivel tinha uma força muito boa mas o descaso das autoridades e nego que não pode com nenhum filho fazendo de 8 a 10 filhos e foda.
    Espero que o governo do estado tome atitudes ja que o municipio nada faz.
    Mas guardo nas minhas lembranças o que esta mata ja foi por isto que não visito mais a tiradentes,melhor dizendo nem perto passo para evitar meu proprio sofrimeto de ver uma mata magica desta destruida pelo ser mais abominavel do planeta o ser humano.

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